16 de setembro de 2013

Lembranças de um ataque bovino!

(Fonte: www.theblaze.com)

Fala galera! Depois de muito tempo, trago para vocês os relatos de um dos maiores perrengues que eu já passei como ciclista. Ataque canino é "moleza", agora ataque bovino... tenso! Muito tenso!

Esse pedal foi bem no começo da existência do CER+. Aliás, aconteceu antes da primeira trilha com o trio completo. Eu (Luquinhas) e Brunim, saímos rumo à trilha do Bom Clima. Entramos nela por uma passagem no bairro Bandeirantes. Até aqui tudo bem. Caminho desconhecido, alguns cachorros na rua, mas nada de mais. A trilha em si é bem curta. Na verdade, ela é um atalho entre o Bandeirantes e as Granjas Bethânia. Um bom rolé para quem está começando. Mas já adianto: nunca ultrapasse nenhuma porteira à esquerda. Sempre continue reto!

Quando disse que era o início do CER+... dá pra notar pela falta de itens de segurança básicos!

As nossas primeiras magrelas!

Nós, com espírito aventureiro de desbravadores, fomos adentrando em todas as porteiras possíveis até um ponto em que havia um bebedouro para bois e uma porteira branca. Nunca entrem nela!

- Será que é por aqui? - perguntou Brunim.
- É sim! - respondi.

Eu não sabia de nada, mas não podia falar a verdade. E ainda provoquei o Brunim:

- Tá com medo? Vamos por aqui mesmo!

Passamos pela porteira. Seguimos em um caminho bem esburacado, pois havia muitas pegadas de boi. Mesmo assim continuamos a descer. Num determinado ponto, nos deparamos com dois bois gigantes a nos encarar. Nesse momento ficamos um pouco apreensivos. Até que os dois bois desceram o pasto correndo. Falei com o Brunim para continuarmos, e irmos espantando os bois.

As pegadas bovinas!

De repente, escutamos um forte barulho de animais correndo. Quando olhamos para o alto do pasto vimos milhares de bois (tá bem, alguns bois), correndo em nossa direção. Viramos o mais rápido o possível as bicicletas e partimos em direção à porteira, pois essa seria nossa única salvação. Como havia dito, o caminho era horrível por causa dos buracos. Em meio ao desespero de tentar fugir, olhei para trás e vi aqueles monstros mutantes de chifres querendo nos matar por termos entrado em seus domínios. Quando olho novamente para o Brunim, mal conseguia o ver. Ele estava muito longe de mim. Até hoje não sei como ele foi tão rápido!!!
Nesse momento já se passava pela minha cabeça aquele filme da minha vida. Pensava na minha mãe, nos filhos que não tenho, no meu enterro com a bandeira do palmeiras em cima do caixão... Foi então que do nada ouvi um grito que nunca mais vou esquecer:

- COOOOORRE, LUQUINHAS!!! ELES ESTÃO PERTO!!!

Nessa hora despertei em mim meu taijutsu oculto ao melhor estilo Rock Lee*! Parti como um tiro rumo àquela porteira. O Brunim já estava pronto para fechá-la quando passei por ela, quase morto! Ouvi o barulho dela sendo fechada!
Atrás da porteira estavam aqueles monstros nos olhando. Certamente rindo de nós lá no fundo, pensando: "seus humanos ridículos... colocamos vocês para correr!"

(Fonte: www.tumblr.com)

Após o grande susto, terminamos o rolé um novo caminho desbravado!
Mas aos amigos que queiram desbravar esse local, aí vai uma dica: jamais passem pela porteira branca que tem um bebedouro de bois por perto!

*do anime japonês Naruto.

2 comentários:

  1. Já vivi uma aventura parecida só que a pé, em corrida de orientação. A partir desse dia, passei a dizer, que bovinos têm lá sua alma a "manga larga", ou outra espécie. E os bois encaram mesmo por aí!!!

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